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Como o GPL afeta a recessão das sedes das válvulas:
1. Menor Lubricidade:
O GPL tem propriedades lubrificantes mais baixas do que a gasolina(isto é mais importante no desgaste das sedes das válvuas de admissão). Quando um motor funciona a GPL, o processo de combustão gera temperaturas mais elevadas. A gasolina, por outro lado, tem algumas propriedades de lubrificação natural, através da formação de pequenos “filmes” de grafite, para além de aditivos que ajudam a proteger as sedes das válvulas. A falta destas propriedades lubrificantes no GPL(quer devido à ausência da formação dos filmes de grafite, devido a uma combustão mais limpa, quer devido à ausência de aditivos) pode causar mais atrito entre a válvula e a sede, levando a um desgaste mais rápido. Para além disso, formam-se microsoldaduras entre o material da sede e o da própria válvula, que arrancam pequenas quantidades de material a cada contacto. Este fenómeno explica o padrão habitual de “válvula picada” encontrado em válvulas de alguns motores a GPL.
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O GPL apresenta uma temperatura de combustão mais elevada e não vaporiza na admissão(o que arrefece a mistura admitida). Assim, estas temperaturas de combustão mais elevadas podem acelerar o desgaste da sede da válvula.
Sintomas de recessão da sede da válvula
• Perda de potência do motor: À medida que a sede da válvula se desgasta, pode ocorrer uma má vedação, reduzindo a compressão e a potência do motor.
• Aumento das emissões de gases de escape: O motor pode produzir mais poluentes devido à combustão ineficiente provocada pela fraca vedação das válvulas.
• Ruído da válvula: pode ouvir ruídos invulgares, como batidas ou tiques, uma vez que a válvula e o assento já não encaixam corretamente.
• Arranque difícil: Devido à perda de compressão, o motor pode ter problemas no arranque.
• Falha de ignição do motor ou ralenti irregular: o assentamento irregular das válvulas pode provocar falhas de ignição, resultando num ralenti irregular do motor ou em problemas de desempenho.
Prevenção e Soluções
Para evitar a retração da sede da válvula quando se utiliza GPL, existem algumas soluções:
1. Utilização de sedes e válvulas específicas para GPL
2. Manutenção regular: verifique e faça o ajuste regular da folga das válvulas do motor, isto é particularmente importante em motores sem touches hidráulicos ( https://www.autogas.pt/viewtopic.php?t=257).
3. Aditivos para GPL: Alguns aditivos de combustível são concebidos para melhorar a lubricidade do GPL e ajudar a proteger as sedes das válvulas. Estes aditivos podem ser adicionados ao depósito de GPL ou injetados diretamente no motor, através de lubrificadores próprios, como por exemplo, os Flashlube, Prins Valvecare ou V-lube.
4. Ajuste adequado: garantir que o motor está corretamente ajustado, com a relação ar-combustível e o ponto de ignição corretos, pode ajudar a controlar as temperaturas dentro da câmara de combustão e a reduzir o stress nas sedes das válvulas.
5. Modificações da cabeça do motor: Em alguns casos, as cabeças do motor podem ter de ser modificadas com sedes de válvulas endurecidas para lidar com a utilização de GPL. (Ver na lista da Borel, os motores com “Modif. Culasse”, em https://www.borel.fr/faisabilites/vehic ... es-gpl.php ).
6 Microinjeções de gasolina. São realizadas a cada intervalo de ciclos do motor, injeções de gasolina. O número de injeções de gasolina efetuadas aumenta com a rotação e a carga do motor. A lógica é que estas injeções de gasolina sejam suficientes para produzir os mesmos efeitos que a utilização regular de gasolina produz.